sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Animes que você não vai se arrepender de ver !





Fairy Tail



Fairy Tail  (amo esse anime >.< )
 Kaichou wa Maid-sama    
Kimi to Boku
Kuroshitsuji
A- Channel
Kimi ni Todoke
Mirai Nikki
Another
Death Note
Pandora Hearts
Kimi ni Todoke
Angel Beat                            
Kimi to Boku 
 Kaichou wa Maid-sama  



















Top 5 invenções japonesas,não importantes.

Sempre aparecem nos jornais, algumas notícias sobre invenções que surgem em solo nipônico. Tem um vídeo no Youtube sobre 5 invenções, digamos, "diferentes", feitas lá no Japão. São elas:

5º lugar - Mini-robôs humanóides para brigas de cutucar.



4º lugar - Celular Fitness (mede, por exemplo, gordura corporal e taxa de mal-hálito).







3º lugar - Palmilha que solta cheiro de menta cada vez que é pisada.


2º lugar - Air-bag corporal para quedas.
1º lugar - Óculos que identificam o nome dos objetos.

MOUSSES DA BON BONNE ANNIVERSARY






A confeitaria japonesa Bon Bonne Anniversary está produzindo estes pequenos e kawaiis mousses com rostinhos dos kaomojis (os emoticons japoneses):





Aliás, recomendo você dar uma passada no site da Anniversary. A decoração dos doces é simplesmente linda! E quem já assistiu ao anime Yumeiro Patissiere, vai poder ter uma noção de como aqueles doces são na vida real, hehe. =)
 
Sarani ōku no hitobito- さらに多くの人々
(Até mais pessoas ^^ )

China e Japão cedem a diálogo sobre disputa territorial

O enviado da China a Davos, o embaixador Liu Zhenmin, expressou esperança nesta sexta-feira de que a disputa das ilhas reivindicadas por China e Japão seja "controlada" em breve. Ele afirmou que seu país espera que o governo japonês aceite a história e a realidade e "tome as medidas certas para superar sua dificuldade nas relações com a China".

Ambos os lados têm cedido a diálogos para evitar um confronto armado, apesar de o Japão ter rejeitado a exigência da China para que o país reconheça a disputa por soberania. As ilhas são rodeadas por excelentes condições para a pesca e potencial riqueza de petróleo, gás e outros recursos. Os chineses afirmam ter soberania de todo o Mar do Sul da China, onde há um conjunto de ilhas não habitadas chamadas de Senkaku no Japão e de Diaoyu na China.

Nesta sexta-feira, uma autoridade do Japão se encontrou o líder do Partido Comunista chinês, Xi Jinping, para entregar a ele uma carta do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o que sinaliza um esforço por diálogo. As informações são da Associated Press.

Receita de hoje,Anmitsu.



Anmitsu


Um dos doces japoneses mais apreciados nos restaurantes do arquipélago, e também no Brasil, é o anmitsu, uma sobremesa gelada feita à base de anko, pasta cremosa de azuki, o feijão japonês. Para preparar o anmitsu, utiliza-se o anko (pasta de feijão azuki) com bastante cuidado para que não fique muito doce. Os outros ingredientes, como sorvete, salada de frutas e o kanten, uma gelatina japonesa à base de algas marinhas, podem obedecer ao gosto pessoal.
Grau de dificuldade: Difícil
Tempo: Acima de 60 minutos

Ingredientes (porção para 2 pessoas):

Para o Anko (pasta de feijão japonês Azuki):- ½kg de azuki (feijão japonês);
- 5 a 6 colheres de açúcar;
- 1 pitada de sal;
- 1 litro de água.

Para o Kanten (gelatina de agar-agar):- 1 pacote de 10g de gelatina de alga em pó;
- 2 e ½ copos americanos de água fria.

Sorvete e salada de frutas a gosto.

Modo de fazer:1. Faça o anko um dia antes. Coloque o azuki e a água em uma panela e deixe cozinhar. Quando a água começar a secar, acrescente mais água quente, até que o feijão amoleça. À medida que a água vai secando, adiciona-se mais água, até que os grãos se derretam e a mistura vire uma pasta. Esse processo demora cerca de uma hora e meia. Por isso, é aconselhável que se prepare o anko com um dia de antecedência;

2. Acrescente o açúcar, o sal e mexa. Se for necessário, acrescente mais água quente. Vá mexendo até que o feijão desgrude da panela.


Kanten:1. Coloque a gelatina e a água em uma panela e cozinhe, até que levante fervura e fique cremoso;

2. Coloque a gelatina em um recipiente quadrado, para facilitar o corte. Não precisa levar à geladeira;

3. Depois de frio, corte a gelatina em cubinhos.


Montagem:Coloque uma bola de anko e uma de sorvete em uma tigelinha e acrescente a salada de frutas e o kanten em volta.


Dicas:a) O azuki é um feijão de grãos menores que os convencionais e de cor marrom-avermelhada. Surgiu na Ásia e ganhou o mundo graças ao sucesso da alimentação macrobiótica, que dá grande importância a esse tipo de feijão devido a seus efeitos depurativos no organismo. No Japão, além de ser utilizado em pastas doces e ser preparado com legumes, o azuki é transformado em farinha para bolos;

b) O azuki é um ingrediente básico da maioria dos doces nipônicos. A variação está na forma: ele pode ser mais consistente ou mais mole. Nesse último caso, é chamado de anko e costuma ser utilizado em recheios de manjus e anmotis, bolinhos à base de farinha de trigo e arroz;

c) O kanten é vendido em 2 cores: branco e vermelho. Para o anmitsu, você pode usar qualquer um, tendo em mente a variedade da sua salada de frutas e o resultado visual, que deve ser colorido e apetitoso. Assim, se não for época de morangos, por exemplo, você pode usar o kanten vermelho. Se já tem uma salada de frutas com cores variadas, então use o kanten branco.





Sugestões:a) Sirva em tigelas fundas que mantém os ingredientes de forma mais jeitosa;

b) Evite usar coberturas de chocolate ou outros sabores, pois as sobremesas japonesas típicas oferecem a oportunidade de sentir a mistura de sabores 'puros';

c) Equilibre os ingredientes na montagem, colocando quantidades parecidas de frutas e kanten.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ministro japonês causa polêmica ao dizer que idosos devem 'se apressar e morrer'

Koji Sasahara/AP


Um dos integrantes mais antigos do governo japonês, o ministro das Finanças, Taro Aso, causou polêmica no país ao sugerir que os idosos são um dreno desnecessário nas finanças do país e deveriam "morrer" para poupar gastos do governo com a saúde pública.


Taro Aso causa polêmica com declaração sobre idosos

"Deus nos livre se você é forçado a viver quando quer morrer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior sabendo que (meu tratamento) foi todo pago pelo governo", disse Aso na segunda-feira, durante reunião do Conselho                                          
Nacional de Reformas da Segurança Social, de acordo com o jornal britânico The Guardian. "O problema não será resolvido a não ser que você deixe que eles se apressem e morram."

O ministro, de 72 anos, também disse que recusaria qualquer tratamento médico para prolongar a própria vida. "Eu não preciso desse tipo de tratamento", afirmou Aso, acrescentando que escreveu uma carta aos seus familiares informando-os dessa escolha.

No Japão, quase 25% dos 128 milhões de habitantes têm mais de 60 anos. A proporção aumenta para 40% ao considerar a população com mais de 50 anos.

As declarações de Aso foram consideradas um problema para o novo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, obrigado a deixar o cargo em seu primeiro mandato em 2007 devido a declarações embaraçosas de integrantes de sua equipe.

Após muitas críticas, Aso tentou se retratar e reconheceu que seus comentários foram "inapropriados" e que suas declarações somente refletiam uma opinião pessoal e não eram uma sugestão para o governo. "Eu dei uma opinião pessoal, não quis sugerir como o tratamento de doentes terminais deve ser. É importante que uma pessoa consiga passar os últimos dias de sua vida em paz."  

Kimono,a moda e a tadrição.



O que é um quimono moderno?

“Quimono moderno” é o kimono que não é um kimono histórico ou uma antiguidade têxtil. Significa que não é uma reprodução de algum kimono de época e nem uma peça de museu. Quimono moderno são os quimonos de uso cerimonial, festivo ou cotidiano feitos na Era Choca (1926-1989) – os desta época também são chamados de “quimonos vintage” – e na Era Heisei (1989 até hoje).

Muita gente acha que pelo fato do Japão ter se tornado uma nação industrializada e moderna, o quimono deixou de ser usado e virou um mero traje folclórico. Achar isso é um equívoco. O traje folclórico é uma roupa que foi bastante usada num passado relativamente recente e que chegou a ser sinônimo de um povo, mas que deixou de ser usado e de evoluir. O kimono ainda faz parte do senso de moda no Japão, e continua evoluindo à medida que gostos e estilos de vida estão se transformando no Japão moderno, portanto não pode ser considerado um traje em desuso ou meramente folclórico. A prova disto é que revistas de moda japonesas, ainda que destaquem estilos ocidentalizados, publicam com freqüência fotos e artigos sobre o uso atual de quimonos.

Quem no Japão de hoje usa quimono todos os dias?

Quem quiser pode usar kimono todos os dias, desde que não tenha alguma restrição de ordem profissional, como a obrigatoriedade de uso de um uniforme. Infelizmente, como boa parte das atividades profissionais civis e todas as de caráter militar implicam no uso de um uniforme à ocidental, isso acaba restringindo o uso do quimono diariamente.

Em algumas famílias abastadas e tradicionalistas, o uso diário de quimonos em casa ou para sair não foi abandonado. Monges e monjas budistas os usam o tempo todo. Duas atividades tradicionalmente praticadas por mulheres e valorizadas na sociedade fazem com que essas profissionais usem quimonos cotidianamente: as gueixas e as hoteleiras, mais especificamente as proprietárias deryõkans (hospedarias tradicionais) e spas de luxo. Outra profissão, não muito tradicional nem tão requintada quanto a das gueixas e a das hoteleiras, mas na qual se usa o quimono com certa freqüência, é a das mama-sans (senhoras que gerenciam bares).

O tipo de quimono mais usado dentro e fora do Japão é o happi. Versão popular do haori, o happi é um quimono curto com mangas estreitas usado como jaqueta ou avental desde a Era Edo (1600-1867), no qual se imprimiam símbolos que indicavam a profissão de quem o vestia ou nome do estabelecimento comercial para o qual a pessoa trabalhava. Hoje é usado diariamente e principalmente por pessoas que trabalham com comida, como os sushimen e sushichefs.

Quanto custa um quimono?

Isso varia muito. Um kimono de seda básico completo - incluindo a roupa de baixo e acessórios obrigatórios, num total de 12 peças – não sai por menos de 2 mil dólares. Isso é aplicável a um modelo de uso cotidiano. Um quimono mais fashion, com estampas modernas ou geométricas, 3 mil dólares. Quimonos cerimoniais ou de padrão tradicional em geral variam de 5 mil a 10 mil dólares, mas não é raro custarem até mais. Uma das razões para um quimono custar tanto é o grau de trabalho artesanal que seu feitio e decoração demandam. Os quimonos de seda são inteiramente feitos à mão e não são feitos dois iguais. Cada um torna-se uma pintura, uma obra de arte única.

O tecido para quimono é vendido em rolos chamados tanmono. Cadatanmono tem a quantidade exata de tecido para se fazer um quimono: 13,5 metros de comprimento. Mas a largura do tanmonovaria: 38 centímetros se for um tanmono para quimono feminino, e 40 centímetros se for um tanmono para quimono masculino. O que é curioso – até engenhoso – no tanmono é que as estampas estão feitas em pontos estratégicos do tecido, de modo que os desenhos se juntam ou ficam em locais previamente calculados para quando o quimono for montado na forma final. Essa característica do tecido faz com que seja necessária uma certa habilidade – as “manhas” – para se fazer um quimono, pois não há margem de erro. Não se pode desperdiçar nenhum centímetro do tanmono, e se algo for feito de errado durante o corte e a montagem do quimono, a estampa deslocada denunciará a falha.

Custo é uma das razões para o quimono ser uma presença no guarda-roupa dos japoneses ricos e que querem reconhecimento como elegantes e cultos. Se a pessoa for mais tradicionalista, ela ou ele irá procurar as cores típicas de cada estação e estampas correspondentes. Se for mais moderna, ela ou ele não irá se incomodar com o código de cores, procurará estampas com as quais se identifique e usará o obijime (cordão de acabamento usado sobre o obi) com nós diferentes ou na diagonal. Não é por acaso que as celebridades e membros do showbiz nipônico não dispensam o quimono. Por outro lado, custo também é uma das razões para seu uso restrito nos dias de hoje. Sai caro usar quimono todos os dias, pois há também o custo de limpeza e manutenção. Excetuando os de algodão, que podem ser lavados com água – embora isso desgaste o tecido mais rápido do que a lavagem a seco - os de seda são muito frágeis e não podem ser lavados a seco do mesmo modo que ternos e vestidos. É preciso levar a serviços especializados, que sabem desmontar todo o quimono, limpar o tecido adequadamente, e recosturá-lo.














É complicado vestir um quimono?

Para quem não tem as “manhas”, é. Uma das características do quimono é seu corte reto e amplo, feito propositalmente para ajustar-se ao corpo de quem o veste e que, por isso, permite que o mesmo quimono possa ser usado por pessoas de diferentes tamanhos (dizem que Yohji Yamamoto inspirou-se nessa característica do quimono para criar o conceito do one size fits all para roupas ocidentais). Entre os japoneses quimonos e obis integram heranças - as melhores peças passam de geração a geração, como jóias de entes queridos que se foram. Para o quimono ser ajustado ao corpo compensa-se a simplicidade do corte com uma técnica de amarras e dobras artísticas, e acessórios de fixação e sustentação dos tecidos. Usar um quimono exige know-how e etiqueta - a técnica de vestir quimonos é chamada de okitsuke. Mas este é um conhecimento que nem sempre os mais jovens preocupam-se em adquirir, e infelizmente fortunas em seda e brocados têm sido negligenciadas.

Existe um aspecto que ocidentais em geral têm muita dificuldade para entender em se tratando de quimonos. Para os japoneses, o quimono é mais que uma roupa: é estilo de vida e religião. Um quimono não é algo a ser descartado na próxima estação, depois de alguns usos. O quimono está ligado à religião xintoísta e aos fundamentos da filosofia e da cultura japonesa, de forma que vestir um quimono sem praticar a etiqueta correta chega a ser ofensivo aos japoneses. Assim, não basta ter dinheiro para comprar um quimono e saber como vesti-lo – é necessário aprender como se portar usando um quimono. Para isso existem cursos e livros especializados emokitsuke. Os verdadeiros praticantes de Cerimônia do Chá também aprendem okitsuke, pois uma coisa está ligada à outra.





Nos cursos de okitsuke a pessoa aprende não apenas a vestir adequadamente o quimono, mas também a usar o quimono nas mais variadas situações (andar, sentar-se, comer, servir, etc.), a pentear-se, maquiar-se e a fazer a manutenção do quimono (dobrar e guardar corretamente a peça, pequenas limpezas, etc.).

Se por um lado custo e conhecimento dão ao quimono uma aura de roupa elitista, estilistas e lojas especializadas no Japão estão procurando difundir cada vez mais o conceito do fashion kimono – quimonos semi-industrializados, em tecidos mistos, com cores e estampas modernas, que sejam mais acessíveis ao bolso e ao gosto de uma clientela jovem com estilos de vida urbanos. São quimonos de uso diário, que precisam ser confortáveis, fáceis de vestir, mas que mantenham o ar de elegância tradicional. Para isso novidades como obis de nó pronto em tecidos que não deformam e que podem, por exemplo, ser usados por quem guia um carro, fazem parte de uma série de inovações que visam fazer com que o kimono continue em uso.

Existe quimono de grife?

Alguns estilistas que já fazem sucesso com moda ocidentalizada produzem acessórios para quimono com suas assinaturas, para comercialização exclusiva no Japão. Mas ter um Jotaro Saito é um sonho de consumo para as mulheres que curtem um luxury fashion kimono.

Desconhecido no exterior mas famoso no Japão, o estilista Jotaro Saito vem dando new glam ao estilo tradicional, lançando luxuosas coleções de quimonos com toques de modernidade nas edições da Japan Fashion Week.

Existe no Japão algum preconceito em relação às roupas ocidentais?

Hoje, não. Mas tem gente que ainda acredita nessa idéia de conflito entre o ocidental e o oriental na moda do Japão porque houve tempos em que isso de fato ocorreu - mais especificamente na Era Meiji (1868-1912). A origem dessa discussão foi um conflito político e ideológico que dividiu o país e causou uma guerra civil.

No século XIX as potências ocidentais industrializadas implantaram uma corrida colonialista na África e na Ásia, e o Japão da época era uma nação isolada do mundo, com uma sociedade feudal e economia agrária, dominada pelos xóguns da família Tokugawa. Em 1853 uma frota de navios americanos chegou à baía de Tóquio e exigiu a tiros de canhões que o Japão abrisse seus portos. Pouco tempo depois, os Estados Unidos conseguiram do xógum tratados comerciais extremamente favoráveis aos interesses americanos. A conseqüência disso foi que em seguida outras nações européias conseguiram dos japoneses tratados similares, que em poucos anos causaram uma grave crise econômica e política no Japão. Essa situação de coisas causou uma guerra civil no Japão em 1867, tendo de um lado os que defendiam a expulsão dos estrangeiros e o endurecimento do sistema xogunal, e do outro os que defendiam a devolução do poder ao Imperador e a industrialização do país em moldes ocidentais. Essa guerra terminou com a vitória dos que defendiam o Imperador, o que por tabela significou a extinção do sistema samurai, e a ocidentalização e industrialização do Japão.

Só que o fim dessa guerra por si não bastou para que o conflito político-ideológico também acabasse, e nos anos subseqüentes o Japão continuou dividido entre tradicionalistas e ocidentalizados. O filme “O Último Samurai” retrata esse período no Japão pois, à exceção do personagem do Tom Cruise, todo o resto do filme foi baseado em fatos históricos. Essa situação fez com que durante cem anos o debate entre tradição e ocidentalização tivesse defensores extremados de ambos os lados. No século XX, o caso mais famoso que encarnou esse conflito de valores foi o do escritor Yukio Mishima, que em 1970 cometeu haraquiri na sede das Forças de Defesa do Japão em protesto contra o excesso de ocidentalização do país.

A necessidade de industrializar-se rapidamente na Era Meiji fez com que o Japão passasse por um período de transformações radicais e intensas, inigualável até hoje em toda sua história. Em 1871 o governo japonês enviou uma missão diplomática chamada Missão Iwakura, que viajou por 3 anos pelos Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra para estudar a civilização ocidental, e que trouxe informações que mudaram as instituições, a economia e até o estilo de vida no Japão em moldes ocidentalizados. Moda e etiqueta ocidental fizeram parte do pacote. Cartilhas sobre vestuário ocidental foram desenhadas e publicadas, para que a população pudesse aprender a usar roupas européias.

A industrialização rápida e a passos largos fez com que uma classe de emergentes surgisse, formada por comerciantes, industriais e banqueiros. Chamados de narikins (novos-ricos), eles seguiam à risca a cartilha da ocidentalização promovida pelo governo Meiji: as mulheres vestiam-se na última moda de Paris, com vestidos drapeados, espartilhos e anquinhas, e os homens usavam fraques pretos e cartolas na última tendência de Londres. Nova elite do país, os narikins desprezavam tudo que remetia aos “velhos tempos”, inclusive os quimonos. Mas a aristocracia e membros do old moneynipônico viam os narikins como a platéia vê o personagem principal de “O Burguês Fidalgo” de Molière, e embora as roupas ocidentais fossem caras, o visual europeizado tornou-se sinônimo de gente rica mas nem sempre culta ou educada – algo importante num país onde ainda hoje etiqueta rege todas as relações humanas.

Foi assim que no século XIX criou-se a expressão wafuku para designar roupas de características japonesas e yõfuku para designar roupas ocidentais, e uma estranha relação de amor e ódio pelas roupas ocidentais teve início no Japão. Amor porque as roupas ocidentais, por um lado, inspiravam a riqueza e o glamour de um mundo que era desconhecido pelos japoneses. Ao mesmo tempo, por outro lado, havia ódio pois a roupa ocidental era um símbolo da invasão estrangeira e de seu menosprezo pelas tradições japonesas.

Essa dicotomia na moda japonesa teve períodos de maior e menor intensidade ao longo do século XX, mas a resistência às roupas ocidentais praticamente não existe mais. Atualmente a dicotomia deu lugar a um consumo apaixonado por marcas, que deu aos japoneses a fama de ávidos compradores de grifes e acessórios de luxo. E se durante décadas os japoneses copiaram modelos e tendências do eixo Paris-Londres-Nova York, atualmente a moda ocidental recebe muita influência das passarelas e das ruas japonesas. Ao invés de ocidente versus oriente, o que vemos hoje é que a moda no Japão propõe uma inventiva e surpreendente mistura de ambos os mundos.

Existe diferença nas roupas ocidentais feitas para o mercado japonês?

O mercado japonês para roupas ocidentalizadas tem algumas particularidades. A modelagem no Japão é um pouco diferente da européia e da americana, devido a características físicas da população e a gostos locais. Para os homens, a roupa ocidental é sinônimo de praticidade, e para as mulheres além de praticidade existe o yume (sonho), seja de consumo ou de romantismo, que o ocidente lhes inspira. Homens e mulheres no Japão preferem bolsas pequenas ou médias (no Japão os homens são grandes consumidores de bolsas, e usam cores tidas como exclusivamente femininas no ocidente, como os tons claros de rosa e pêssego, são consideradas unissex no Japão). Para agradar as japonesas, estilistas ocidentais procuram introduzir detalhes delicados, tons pastéis, estampas florais e laços em roupas e acessórios, mesmo quando o romantismo adocicado não é a tendência na Europa e nos Estados Unidos.
                                                          Obrigada por visitarem meu blog, Sayōnara (さようなら)  

Ofurô e Onsen


É difícil imaginar que hábito tão simples como tomar banho possa ser carregado de influências culturais. a ponto de ter sido um conceito conflitante no passado. quando os primeiros imigrantes japoneses.

Acostumados a banhos de imersão bem quentes. devem ter estranhado o uso de chuveiros, ou ainda com os banhos de bacias ou baldes. Ainda hoje. essas influências culturais se revelam acidentalmente na forma de gafes. Quando turistas no Japão resolvem fazer uso ocidental de um banho à japonesa, se ensaboando dentro d'água e poluindo a banheira.

Para entender como um simples banho possa refletir uma cultura, precisamos primeiro conhecer como esse hábito evoluiu de formas distintas, no ocidente e no Japão.

Ofurô

Uma tina funda ou banheira chamada furô (ofurô) com água bem quente, a aproximadamente 40 graus Celsius. Fora dela, ensaboar e enxaguar com água fria. Já com o corpo limpo, mergulhar na água quente e ficar lá por uns 10 minutos. Depois disso, nada melhor do que um pouco de chá e descanso.

Não se sabe ao certo desde quando os japoneses repetem esse ritual. Seja em casa ou em banhos públicos chamados de sentô, o banho faz parte do cotidiano dos japoneses há séculos.

Equilíbrio é a palavra-chave para entender porque os japoneses tomam banho dessa forma. Num país onde os recursos naturais sempre foram escassos e a população proporcionalmente alta para o território disponível, o uso racional dos recursos garante a todos os benefícios da higiene pessoal. Quando os japoneses se lavam com água fria fora da banheira, eles estão conseguindo se lavar usando o mínimo de água limpa corrente, além de baixar a temperatura do corpo. Entrando com o corpo limpo na banheira de água quente, eles permitem que a mesma água possa ser usada por outras pessoas outras vezes, dando ao corpo um choque térmico e abrindo os poros da pele. Higiene máxima com mínimo desperdício de água.

Para os japoneses, tomar banho é algo que se faz sozinho, ou em família, ou no meio de outras pessoas - tanto faz. Nos sentô, normalmente há banheiras separadas para homens e mulheres. Nos balneários naturais chamados onsen, isso já não é uma regra, uma vez que a natureza não faz fontes de acordo com a conveniência humana. Nos onsen, homens e mulheres, crianças e idosos podem entrar juntos na mesma fonte. Em alguns onsen há até macaquinhos selvagens que aprenderam a fazer o mesmo e tomam banho regularmente. Espertos, esses macacos passam parte do inverno nadando no quentinho.

Água Vulcânica País

Formado por ilhas vulcânicas, o Japão possui várias regiões onde água sulfúrica quente brota das rochas, e que por isso viraram tradicionais regiões turísticas. As mais conhecidas são as regiões de Hakone, na península de Izu; Kusatsu, na província de Gunma e Beppu, na província de Oita.

A península de Izu é uma estreita faixa de terra que se projeta sobre o Pacífico aos pés do Monte Fuji, não muito distante de Tóquio. Na região nordeste da península fica a cidade de Hakone, cercada por vales, montanhas, lagos e densa vegetação.

Na Era Edo (1603 - 1868). Hakone era uma das paradas da Rota de Tokaido, a estrada que ligava a antiga capital imperial, Kyoto, e a sede do shogunato, Edo (atual Tóquio). Foi nesse período que a cidade se desenvolveu, por ter se tornado importante posto fiscal do shogunato, onde também se fazia o controle de quem entrava e saía de Edo. Com 30 balneários de água quente natural, a região de Hakone atraiu não só o turismo como também, devido a sua proximidade de Tóquio, elegantes residências de veraneio dos ricos e famosos.

A cidade de Kusatsu, na província de Gunma, é conhecida como balneário turístico desde o séc. XIII. Dispondo de 18 balneários públicos gratuitos, Kusatsu hoje é parte do Parque Nacional Joshin'etsu Kogen. Há séculos, pessoas se banham com as águas ácidas das nascentes da região para tratar de nevralgia e doenças de pele. Nas termas de Kusatsu ainda se controla a temperatura da água, que é muito quente, pela prática do yumomi. O yumomi consiste em vários funcionários que ficam em pé na beira das enormes banheiras, mexendo vigorosamente a água com remos de madeira compridos, para baixar a temperatura com o ar. Caso água fria fosse misturada à água quente sulfúrica para baixar a temperatura, as propriedades naturais curativas das termas diminuiriam devido à diluição, e por isso ainda se faz uso do trabalhoso mas eficaz método do yumomi.

Ao sul, na província de Oita, encontra-se o maior spa do Japão. Com 2.849 fontes naturais e nove tipos diferentes de águas divididas em 8 regiões conhecidas como Beppu Hatto (As Oito Termas de Beppu), a cidade de Beppu se desenvolveu como centro turístico a partir da Era Meiji (1868 - 1912), quando as ferrovias permitiram um maior fluxo de pessoas para a região. Atualmente, Beppu recebe 4 milhões de turistas por ano que vêm desfrutar de suas esfumegantes águas, ou ainda se enterrar nas quentes areias vulcânicas de suas praias, às quais são atribuídas propriedades medicinais.

As Águas do Dr. Baelz

Curiosamente, foi um europeu que pesquisou e difundiu no Japão as propriedades terapêuticas dos banhos de imersão nos onsen. O Dr. Erwin Baelz nasceu no povoado de Bietigheim, no antigo reino de Würtemberg, atual sul da Alemanha, em 1849 e se formou em medicina na Universidade de Tübingen, tendo servido ainda jovem como médico na Guerra Franco-Prussiana (1870-71). Depois da guerra. Baelz foi para a Universidade de Leipzig, onde especializou-se em patologia, conquistando o doutorado em 1876. Em janeiro daquele ano, Baelz conheceu o representante do governo japonês em Berlim, fechando um contrato para lecionar na futura faculdade de medicina da Universidade de Tóquio, que seria criada no ano seguinte.
Com o fim do sistema do xogunato e a política expansionista imperial do ocidente no oriente, o governo da Era Meiji (1868 - 1912) realizou um intenso processo de modernização e ocidentalização. Com esse raciocínio, criou-se a política de trazer professores e técnicos ocidentais de todas as áreas. para que os japoneses pudessem aprender e atualizar-se com o ocidente. Foi nessa situação que o Dr. Baelz chegou em junho de 1876 em Tóquio.

O Dr. Baelz viveu 29 anos no Japão, tempo suficiente para se transformar no pai da moderna medicina japonesa, que antes dele se baseava quase totalmente na medicina tradicional chinesa. Casou-se com uma japonesa. com quem viveu até falecer. Ele se aposentou da Universidade de Tóquio em 1902 e tornou-se médico particular do Imperador, embora já viesse cuidando de membros da Família Imperial anos antes. Quando voltou em junho de 1905 para a Alemanha com sua mulher e filho, o Dr. Baelz foi o último de sua geração de professores estrangeiros a fazê-Io. e foi condecorado Cavaleiro pelo Rei, passando a se chamar Erwin von Baelz.

O nome do Dr. Baelz tornou-se especialmente popular no Japão devido a um remédio criado por ele, que foi receitado de graça pela primeira vez para uma criada de um hotel na estância de Hakone, cujas mãos ele reparou estarem muito ressecadas e rachadas. Esse remédio, uma loção glicerinada, tornou-se popularmente conhecido como berutsu mizu (água Baelz), e é ainda hoje encontrado nas farmácias. Outra importante contribuição do Dr. Baelz foi feita na área da antropologia, por ter pesquisado e identificado cientificamente a "mancha mongol" (em alemão, Mongolnflecke). uma mancha arroxeada que aparece nas costas dos bebês japoneses e de outros povos asiáticos quando nascem, e que vai diminuindo até desaparecer entre 7 ou 8 anos de idade.

Mas talvez a mais popular das contribuições do Dr. Baelz foi a introdução da balneoterapia no Japão, o tratamento de doenças através do banho em águas minerais.

Em 1884 ele publicou um estudo que fundamentou a balneoterapia no Japão e aplicava seus tratamentos em Kusatsu, onde há séculos os japoneses já apreciavam os banhos agora orientados pelo doutor. Até hoje, para calcular o tempo certo que precisam ficar mergulhadas, as pessoas cantam determinadas músicas populares da região.
Tal foi a dedicação do Dr. Baelz a Kusatsu que atualmente há um acordo de cidades-irmãs entre o balneário japonês e a cidade onde o Dr. Baelz nasceu na Alemanha, Bietigheim. Em ambas foram erigidos monumentos em agradecimento ao doutor da água..

Receita de hoje,Mobodoofu.


                                                                  Mabodoofu

O Mabô Tôfu ou Mabodoofu é um prato típico japonês, mas derivado da cozinha chinesa. Fácil de fazer e aconselhado para quem gosta de tôfu, queijo de soja.
Grau de dificuldade: Fácil
Tempo: 10 a 30 minutos

Ingredientes (porção para 3 pessoas):- ½ tôfu grande ou 1 pequeno inteiro;

  





- Preparado pronto para mabô ;                       
- Água.

Modo de fazer:1. Corte o tôfu em cubos pequenos;

2. A caixinha de preparado pronto para mabô tôfu, contém 2 saquinhos de molho e 2 pacotes de pó, você vai usar um de cada (para porção de 3 pessoas);

3. Dissolva 1 saquinho de molho pronto em 180ml de água fria numa panela e espere ferver;

4. Acrescente o tôfu cortado em cubinhos pequenos e deixe ferver, sem misturar muito o tôfu para não quebrar;

5. Apague o fogo;

6. Dissolva o pacote de pó em 30ml de água;

7. Despeje-o sobre a mistura de molho com tôfu;

8. Acenda o fogo novamente e deixe cozinhar por alguns minutos, até ficar cremoso;

9. Está pronto. Sirva quente acompanhado de arroz.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Receita de hoje


                                                                    Udon

O udon é uma das refeições mais típicas do Japão, uma sopa que equivale a uma refeição. Leve e nutritiva, perfeita para a família. No Japão, mesmo depois da chegada das redes de fast-food, o udon continua sendo, junto do lámen, a opção de almoço rápido dos japoneses. Quentinho e saboroso, você pode saboreá-lo em boa parte dos restaurantes japoneses do Brasil, também. E agora, prepará-lo em casa.
Grau de dificuldade: Fácil
Tempo: Acima de 60 minutos


Ingredientes do Udon (porção para 4 pessoas):- 1 pacote de macarrão udon, de 500g;
- 6 ou 7 unidades de shiitake seco;
- 4 ou 5 tiras pequenas de kombu (alga seca);
- ½ peça de kamaboku cortada em rodelas;
- 2 litros de água;
- 1 envelope de hondashi (tempero em pó, à base de peixe);


- 1 xícara de shoyu;
- 2 colheres de sopa de mirin (saquê culinário);
- 1 colher de chá de açúcar;
- 4 ovos;
- Cebolinha (aproximadamente 4 talos finos);
- Pimenta shitimi.


Modo de fazer o Udon:1. Com antecedência de 1 hora, coloque o shiitake seco e o kombu de molho nos 2 litros de água, até q fiquem macios;

2. Em outra panela, cozinhe o macarrão e reserve;

3. Prepare o caldo, conforme a receita abaixo:

4. Retire o shiitake da água e corte-o em fatias finas desprezando o caule;

5. Devolva os shiitake fatiado na própria água em que estava de molho, mantendo o kombu ;

6. Leve ao fogo até levantar fervura;

7. Abaixe o fogo, acrescente o envelope de hondashi e misture bem;

8. Coloque o kamaboku já cortado em rodelas;

9. Tempere com o shoyu, o mirin e o açúcar. Está pronto o caldo da sopa;

10. Bata os ovos (um de cada vez) e frite como se fosse omelete, em panela antiaderente. O ideal é que a omelete fique o mais fina possível;

11. Quando fritar todos os ovos, coloque as omeletes finas uma em cima da outra e fatie bem fino (menos de 1 cm de largura);

12. Fatie a cebolinha bem fininho;

13. Sirva colocando em tigelas chawan, na seguinte ordem: macarrão, caldo (e os pertences), ovo em fatias e por cima a cebolinha.
    
  









Dicas no preparo do Udon: 
-O Udon é uma sopa tradicional no Japão e existem muitas variações que você pode experimentar a partir desta receita básica, todas muito gostosas, depende de sua preferência. Você pode servir com tempurá;

b) Tente substituir alguns ingredientes ou acrescentar. Fica muito bom com folhas de algas em tiras, ovo cozido, camarão;

c) O kombu, em geral, é vendido em forma de fita larga. A melhor forma de usá-la nesta receita é cortando com uma tesoura, em tiras de mais ou menos 1cm de largura;

d) Para um preparo mais rápido, você pode utilizar os molhos prontos para udon, conforme a instrução do fabricante.

sábado, 19 de janeiro de 2013

HISTÓRIA - ERA MEIJI

O Japão começou a se ocidentalizar na Era Meiji (1868-1912). Antes disso as escolas eram na maioria para os ricos e não eram regulamentadas pelo governo. O governo Meiji imediatamente instituiu um novo sistema educacional baseado em moldes franceses, alemães e americanos. Escolas de níveis primário e médio e universidades foram estabelecidas em 1872. No mesmo ano, as autoridades tornaram obrigatório 4 anos de estudo de nível elementar para todos os meninos e meninas no país, entretanto as matrículas não ultrapassaram 25% a 50% na primeira década do novo sistema. Em 1905, 98% dos meninos e 93% das meninas em idade escolar encontravam-se matriculados, e 10% da população já formada no primário continuava os estudos no nível ginasial. Só uma pequena minoria chegava ao colegial. Apesar disso, em 1899, o governo pediu para que todas as províncias tivessem pelo menos uma escola de nível médio para meninas.

O sistema educacional Meiji tornou-se rapidamente centralizado pelo estado. O currículo tinha um caráter moralista e promovia ideais confucionistas de fidelidade ao estado, piedade filial, obediência e amizade. Em 1890 o Édito Imperial em Educação formalizou estes valores conservadores. Um retrato do imperador também devia ser colocado em altares xintoístas em cada escola no Japão.

Em 1907 o Ministério da Educação estendeu o período de ensino básico obrigatório para 6 anos e adaptou o currículo para enfatizar a importância do imperador e o nacionalismo.

APÓS A 2ª GUERRA MUNDIAL

As forças de ocupação americanas fizeram as autoridades japonesas alterar os livros que promoviam o nacionalismo, a lealdade ao imperador e a propaganda de guerra para promover ensinamentos de paz e democracia.

Em 1947, mais 3 anos foram adicionados ao ensino básico obrigatório. Os japoneses agora tinham que ir à escola até a idade de 15 anos (fim do ginasial), o que permanece inalterado até hoje. Mais universidades foram criadas , e o nome "imperial" foi retirado das já existentes, como as elitistas universidades de Tóquio e de Kyoto. As mulheres passaram a ter acesso a universidades públicas e privadas.

ATUALMENTE

O atual sistema educacional japonês foi estabelecido pelos americanos, baseado em seu próprio sistema, após a 2ª Guerra mundial. Ele consiste em 6 anos de escola elementar (shõgakkou), 3 anos de ginásio (chûgakkou), 3 anos de colégio (koukou), e mais 2 anos de ensino técnico superior (tankidaigaku ou kareji - do inglês "college"), ou 4 anos de universidade (daigaku).

O ensino é obrigatório até a idade de 15 anos, mas 90% das pessoas completam o ensino médio - o colégio - e 40% se formam no técnico superior ou na universidade. A proporção de alunos do sexo masculino é maior nas universidades, enquanto no técnico superior a proporção maior é de alunas.

O Japão tem tanto escolas públicas como privadas, em todos os níveis. Nenhuma delas é totalmente gratuita, mas as escolas públicas são consideravelmente mais baratas que as particulares. Muitas escolas elementares, primárias e de nível médio (colegial) são públicas, enquanto a maior parte dos jardins-de-infância (maternal e pré-escola), escolas técnicas e universidades são particulares. Em 2002 a freqüência nas escolas particulares foi de: 79% nos jardins-de-infância; 0,9% nas escolas primárias; 4% nas escolas ginasiais; 29% nas escolas de nível médio; 91% nas escolas técnicas e de 76% nas universidades.

O Japão também tem uma "educação paralela", que consiste em professores particulares, escolas preparatórias, cursos por correspondência, cursinhos, etc. Os mais famosos são os juku(literalmente "escola abarrotada"), que nós conhecemos como "cursinhos". Eles são divididos em "juku de enriquecimento intelectual", cursados por mais de 75% dos alunos do ginasial e 25% dos estudantes colegiais, e "juku acadêmico", que ensinam o mesmo currículo das escolas comuns. Os "jukus acadêmicos" são subdivididos em hoshuu juku (cursinho de revisão) e shingaku juku (cursinho de avanço), este último preparatório para exames de entrada em escolas disputadas e universidades.

SISTEMA ESCOLAR

Nos dias de semana, as aulas normalmente começam às 8:30 da manhã e terminam às 3:50 da tarde. No primário, as aulas duram 45 minutos, com uma pausa de 10 minutos entre uma aula e outra. A partir do ginásio, as aulas duram 50 minutos. Os alunos vão à escola aos sábados duas vezes por mês, das 8:30 da manhã ao meio dia e meio. Oficialmente há 35 semanas de aula por ano.

Há 9 matérias regulares no ensino básico japonês: língua japonesa, estudos sociais, matemática, ciência, estudos ambientais, música, arte e artesanato, conhecimentos domésticos e educação física.

SISTEMA DE EXAMES

Ao mudar de instituição escolar, os alunos precisam prestar exames para entrar em escolas ginasiais, colégios e universidades. No caso de escolas públicas e de universidades, os alunos sempre têm de fazer exames de admissão.

Os juken, os exames de admissão das universidades ou vestibulares, são particularmente difíceis e são popularmente chamados de shiken jigoku (inferno de exames). Estudantes que são reprovados nos jukentornam-se rõnin, um termo antigamente usado para designar um samurai sem mestre ou patrão. Escolas preparatórias chamadasyoubikou (cursinho universitário) tem como único propósito preparar esses alunos para os exames de admissão.

Algumas escolas particulares oferecem ensino do jardim-de-infância à universidade. Nestes casos, os alunos terão somente que fazer um exame de admissão ou entrevista quando entrarem na escola. Isso é chamado de "sistema elevador", o que quer dizer que uma vez que a pessoa entre na instituição ela vai automaticamente para o próximo patamar, até graduar-se na universidade.

FATOS RÁPIDOS

* Idade mínima obrigatória de estudo: 15 anos

* Começo do ano letivo: início de abril

* Fim do ano letivo: final de fevereiro ou início de março

* Férias: de primavera (março), de verão (meio de julho ao final de agosto) e de Ano Novo (final de dezembro ao início de janeiro)



* Universidades famosas: Universidade de Tóquio (Todai), Universidade de Kyoto (Kyodai), Universidade de Keio, Universidade de Waseda.

NASCIMENTO: OMIYAMAIRI (ritual japones)

Cerca de um mês após o nascimento de um bebê – 31 dias para os meninos e 32 dias para as meninas - as famílias vestem a criança com pequeno quimono de seda especial para a ocasião e a levam a um templo xintoísta para a Cerimônia da Primeira Visita do Bebê ao Templo. O quimoninho das meninas chama-se ubugui, de seda vermelha ricamente estampada com símbolos da infância e de boa sorte, como fitas e bolas (mari). O quimoninho dos meninos chama-se habutae (seda plana – refere-se ao tecido com que o quimono é feito) e é complementado com uma kapa (do português “capa” – conjunto de gola estrurada em forma de disco e touca brancos com uma capa redonda preta que era usada por navegantes europeus no Japão do séc. XVI). OMIYAMAIRI significa “visita ao templo” e corresponde mais ou menos ao batismo no Cristianismo.

Atualmente, devido à grande procura por essa cerimônia que acaba tomando todos os horários disponíveis nos templos, o OMIYAMAIRIé feito em até 100 dias após o nascimento do bebê. Nessa cerimônia o sacerdote ou sacerdotisa mencionam o nome do bebê, dos pais da criança e o endereço da família pedindo bênçãos divinas para eles e seu lar, e todos os familiares fazem oferendas simbólicas deixando ramos de Tamagushi (pequenos galhos de árvore com enfeites de papel) no altar.

Simbolicamente o OMIYAMAIRI representa a apresentação de uma nova pessoa aos deuses e à sociedade.

Existe a versão budista da mesma cerimônia. Ela é chamada deHATSUMAIRI, que significa “primeira missa” ou “primeiro serviço”.

Papel vermelho/ azul









Como toda boa lenda que se preze, esta tem muitas variações, mas basicamente o "conteúdo" é o mesmo:
À tardezinha, um jovem vai ao banheiro antes de ir embora para casa (no Japão o horário das escolas é integral, ou seja, as crianças ficam na escola desde as oito da manhã até mais ou menos quatro, cinco da tarde).
Após fazer suas necessidades, ele pensa em pegar o papel higiênico para se limpar, mas este já acabou. Então, ele ouve uma voz que vem do nada, e esta lhe pergunta: "Quer papel vermelho? Quer papel azul?". O jovem responde "papel vermelho" e no mesmo instante todo o sangue de seu corpo verte por seus orifícios e o jovem morre.


lenda se espalha pela escola e, mesmo aterrorizado por ela, outro jovem acaba indo ao banheiro dias depois e a mesma situação ocorre. A voz vem do nada e lhe pergunta: "Quer papel vermelho? Quer papel azul?". O garoto, lembrando-se do que ocorreu ao colega por ter pedido o papel vermelho, pede o azul sem hesitar. Neste exato momento todo o sangue de seu corpo é drenado por uma força sobrenatural, e o garoto morre, sendo encontrado depois com o corpo todo azulado pela falta de circulação.


A origem


Diz-se que essa lenda nasceu pelo medo de alguns estudantes que se martirizavam por não saberem decidir coisas importantes da vida, responder questões em provas ou serem indecisos demais. Como se, no subconsciente de alguns, o medo de ter uma escolha que mudaria suas vidas ou a possibilidade de responder uma questão
incorretamente tivesse gerado essa história imaginária, que mais tarde se tornaria a lenda. Há também uma teoria de que ela tenha sido gerada à partir de outra lenda, muito popular em 1926, chamada de "Manta vermelha", onde é contado que um mostro trajado numa manta vermelha sequestra crianças.


Suas variações


É também
conhecida em alguns estados como: "Papel Vermelho, Papel Branco", "Manta Vermelha, Manta Azul", "Mão Vermelha, Mão Azul", "Língua Vermelha, Língua Azul", mas o final quase não varia, sendo morte certa.O resultado da escolha entre os papéis, entretanto, varia um bocado.


No caso da escolha pelo papel vermelho diz-se também que:
- Uma chuva de sangue cai do teto.
- Uma foice corta o corpo da pessoa e esta fica embebida em seu próprio sangue.
- O papel cai em pedaços do teto, como uma chuva.
- O corpo todo fica avermelhado.


Já no caso do papel azul/branco:
- A pessoa é enforcada até perder o ar e ficar azul (arroxeada).
- O corpo todo fica azulado.
-
Um papel bem pequeno azul é entregue, mas por ser pouco, a pessoa se vê
obrigada a pedir o amarelo, e depois o vermelho, e finalmente ela
desaparece.


Há também quem diga que um braço da cor do papel escolhido sai de dentro da privada e arrasta a pessoa com ela, ou que mesmo que a pessoa escolha o azul, a voz diz apenas "Não tem papel azul" e obriga a pessoa a escolher o vermelho.


É claro que houve quem
achasse que ouvir "apenas" uma voz seria pouco assustador, e logo a versão de que um homem magro e extremamente pálido surgia para perguntar qual a pessoa queria se espalhou por aí.


Métodos para escapar


Quem tenta fugir é impedido pela porta que não abre de jeito algum e, mesmo levando um rolo de papel higiênico consigo, o rolo some no momento em que a voz questiona a pessoa.
Em uma escola de Osaka diz-se que para escapar a pessoa deve responder "papel roxo", e em outras regiões que basta a pessoa responder uma cor diferente da apontada, como amarelo, ou verde, mas em Yamagata essa possibilidade é descartada, pois conta-se que responder outras cores leva a pessoa para o mundo dos mortos.


Receita de hoje ,Korokke.

Korokke é a pronúncia japonesa para a palavra inglesa 'crocket'. Para nós, é similar ao bolinho caipira. Não se molda o korokke em formato fino e comprido, como os croquetes brasileiros. O formato do korokke é arredondado/ ovalado, do tamanho de um punho fechado e achatado, porém grosso (cerca de 3cm de altura). É sempre servido com molho 'tonkatsu' e acompanhamentos variados, como arroz, macarrão, saladas. Para o nosso paladar, até com arroz e feijão fica uma delícia!
Grau de dificuldade: Médio
Tempo: Acima de 60 minutos

Ingredientes (rende 8 a 10 unidades):- 500g de carne moída;
- 2 batatas grandes (ou 3 médias);
- 1 lata de milho verde em conserva;

- 150g de queijo prato fatiado;               
- ½ cebola pequena;
- 1 dente de alho grande;
- Sal e pimenta do reino a gosto;
- 2 colheres de sopa de farinha de trigo;
- Molho pronto para 'tonkatsu'.

Para empanar:- Farinha de trigo o suficiente; 
- Farinha de rosca tipo 'panko' japonês;
- Clara de 1 ovo grande.


- Óleo de soja para fritar.

Modo de fazer:1. Cozinhe as batatas em água;

2. Descasque e amasse com garfo;

3. Reserve;

4. Refogue a carne moída com um pouco de óleo de soja e com a cebola e o alho picados;

5. Tempere com sal e pimenta do reino a gosto;

6. Reserve;

7. Enrole as fatias de queijo e corte cada fatia em 4 rolinhos;

8. Reserve;

9. Junte em uma tigela grande e funda, a carne moída refogada, as batatas amassadas e o milho (sem a água);

10. Misture bem para que formem uma massa homogênea e acrescente as duas colheres de farinha de trigo (somente para dar 'liga' à massa);

11. Acrescente sal o suficiente para acertar o tempero;

12. Pegue bolinhas dessa massa e abra com a mão, colocando no centro um cubo (ou rolinho) de queijo e fechando, dando o formato ovalado/achatado ao korokke;

13. Passe na farinha de trigo, depois na clara batida em neve e por fim na farinha 'panko', como se fosse milanesa;

14. Frite em óleo quente;

15. Sirva com o molho pronto de 'tonkatsu', com os acompanhamentos de sua preferência.

Dicas:a) Você pode usar farinha de rosca comum, mas perderá em crocância;

b) Inicie a fritura em óleo quente e abaixe o fogo logo em seguida. Assim que o korokke estiver dourado retire-o, para evitar que o bolinho estoure e o queijo vaze;

c) O korokke pode ser congelado, mas descongele-o em temperatura ambiente antes de fritar, ou no microondas, com o cuidado de não deixar o queijo derreter e vazar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Saquê,tradição japonesa.

O arroz dá origem à bebida que é tão valorizada que é oferecida aos deuses xintoístas, e também é servida em ocasiões especiais como casamento, inauguração de lojas e comemorações. Mas o saquê está presente também na mesa dos japoneses como uma bebida popular.
Existem cerca de 1600 fabricantes de saquê no Japão. Cada uma dessas empresas possui vários tipos, e como todo o ano surgem novas variedades, enquanto outras deixam de ser produzidas, será impossível provar todas elas. De qualquer forma, sabe-se que o saquê consumido atualmente, é muito diferente daquele fabricado no passado. A descoberta do fermento aumentou a graduação alcólica, e a 2ª Guerra Mundial também alterou sua receita. A escassez de arroz naquele período, forçou os fabricantes a buscarem alternativas para aumentar a fermentação utilizando menos arroz. E um decreto governamental permitiu o acréscimo de álcool puro e glicose na fórmula, o que possibilitou a utilização em menor quantidade do precioso cereal. Estima-se que 95% do saquê produzido hoje utiliza essa fórmula, contrariando os especialistas do passado que diziam que o melhor saquê era aquele feito apenas de arroz, arroz fermentado e água.
Técnica de produção


Basicamente, o saquê é uma bebida fermentada que necessita de boa água (que corresponde a 80% do produto final), e de arroz de boa qualidade.

O arroz é lavado e cozido a vapor. Depois, é misturado ao fermento, à água, e ao koji, que é o arroz fermentado separadamente, numa sala com temperatura e umidade controladas. À mistura acrescenta-se mais arroz, koji e água por três vezes dentro de cinco dias.


Essa fermentação que ocorre num grande tanque é chamado de shikomi.


A sua fermentação deve continuar por 18 a 32 dias, e findo o período, a pasta é amassada e filtrada. Depois disso, geralmente o saquê é pasteurizado para matar as bactérias e desativar enzimas que poderiam mudar o sabor e a cor do produto.


O saquê ficará descansando por seis meses, e receberá uma adição de água pura, para baixar o nível de álcool de 20 para 16%. Depois, ainda será pasteurizado novamente antes de ser embalado.


O arroz


Ingrediente básico do saquê, o arroz é considerado um superalimento, sendo consumido por mais da metade da população mundial. Esse cereal é cultivado há mais de 5 mil anos, e estima-se que existam hoje 2.500 variedades. A maioria das espécies é nativa da Índia, mas alguns tipos surgiram na África. Encontrando o clima ideal na China, passou a ser cultivado em larga escala. O Japão importou a técnica do plantio da China entre os séculos II e III a.C., e com isso mudou profundamente a sua vida social, política e econômica dos aldeões. Como o cultivo do arroz exigia um trabalho coletivo, surgiu a divisão de trabalho e conseqüentemente a divisão por classes sociais.


Durante muito tempo, o arroz foi utilizado como dinheiro, calculando-se o valor da propriedade pelo volume de arroz que poderia produzir.


Ainda hoje o Japão considera o arroz seu alimento mais importante, e países como os Estados Unidos sempre criticam o protecionismo do mercado japonês, citando como o exemplo o arroz, que tem cotas que limitam a importação. Os defensores dessa idéia argumentam que o próprio povo japonês paga muito caro pelo arroz produzido internamente, enquanto o mercado externo oferece a um preço menor.

Junmai-shu – É o saquê mais puro, com arroz, água e koji, e que não sofre acréscimo de álcool. O arroz é “polido” de forma que perde a parte externa, conservando menos de 70% do seu volume original.

Principais tipos de saquê

Honjozo-shu – Tem pequena quantidade de álcool etílico destilado, o que melhora o sabor, tornando o saquê mais suave. O arroz recebe o mesmo tratamento de Junmai-shu.

Ginjo-shu – O arroz é “polido” para conservar apenas 60% do seu formato original. Isso diminui a gordura e as proteínas. Além disso, esse saquê é fermentado a uma temperatura baixa por muito tempo.
Nigori-zakê


Daiginjo-shu – Através do polimento, o arroz perde pelo menos 50% de seu volume original, chegando em alguns casos a perder até 65%. É um tipo de saquê que exige muito trabalho em cada nível do processo.


Namazakê – É o saquê que não é pasteurizado, e deve ser guardado na geladeira.


Nigori-zakê – Não é filtrado.        


No Japão, o termo saquê é mais abrangente e pode significar qualquer bebida alcoólica, distinguindo-se freqüentemente a bebida japonesa como “nihonshu” (literalmente saquê do Japão) ou “seishu”.
Os saquês mais comuns que não estão na nesta lista são chamados de futsuu-shu, enquanto aqueles produzidos regionalmente em pequenas escala, de jizake.

Kampai á todos (saúde).

Músicas infantis japonesas.


Algumas músicas ouvidas na infância permanecem até a nossa velhice, porque estão guardadas em algum canto da nossa memória.

A nossa proposta é explicar a origem e a história dessas músicas, mas enquanto não preparamos tais informações, colocamos os arquivos com as músicas, para que todos possam relembrar algum bom momento da vida.

Como o nosso objetivo não é fornecer uma cópia para fazer CD e assim infringir direitos autorais, as músicas estão em qualidade razoável para ouvir no micro e nem estão completas. Quem quiser uma música completa, deverá procurar lojas especializadas para adquirí-la. Enfim, todas as músicas aqui relacionadas, ocupam menos de 100k, podendo ser executadas imediatamente em qualquer programa que suporte mp3 (Windows Media Player por exemplo).
Akatombo
Hamabe no Uta
Hotaru
Kisha Poppo
Kojo no Tsuki
Omatsuri
Shojoji
Toryanse      

Artes visuais,Takô.

janeiro é o mês das pipas (takô) no Japão. É quando sopram fortes ventos da região norte, propícias para a realização de festivais de pipas, uma tradição que já dura mais de 300 anos. Algumas pipas pedem uma boa colheita, enquanto outras
imploram por uma boa temporada de pesca, o ainda pedem para o Deus do Fogo proteção contra o incêndio.

Para a maioria dos japoneses, entretanto, as pipas lembram o nostálgico som do vento, ouvido na infância.


Por isso, o festival de pipa é uma grande atração turística.Embora a tradição de empinar pipas esteja presente em quase todos os países do mundo, as pipas confeccionadas como objetos de arte são raras. No Japão, sobretudo as pipas do período Edo (1615 a 1808) possuem inigualáveis valores artísticos.

Elas são feitas com armação de bambu e cobertas com papel chamado “washi”. Este é pintado com grandes e coloridos motivos ou ideogramas.

Muitas das pipas relembram antigos guerreiros e retratam sua bravura, outras exibem animais selvagens e peças do teatro kabuki, mas todas parecem exaltar a coragem e a garra como sentimentos nobres do povo japonês.

Entre os festivais de takô, podemos destacar o de Sagami, na província de Kanagawa. Todos os anos, uma pipa gigante de 10 metros quadrados, pesando meia tonelada e com uma cauda de 70 metros é construída naquele local.

Os preparativos começam bem cedo, com a construção da armação de bambu. São 150 pedaços de bambu de 8 a 10 cm de espessura. O “washi”, embora seja um papel leve, acaba contribuindo no peso da pipa gigante, afinal são 250 folhas de “washi”, cada qual medindo o equivalente a duas páginas de jornal aberto. A colagem é feita num ginásio esportivo da região. A pipa contruída com tanto sacrifício deverá ir ao ar no dia 5 de maio, dia da criança. Mas esse trabalho pode simplesmente não decolar. É necessário que um vento de no mínimo 10 metros sopre no momento oportuno.


Trinta pessoas, na maioria jovens, correm carregando a pesada pipa. Quando finalmente a pipa começa a ganhar o céu, o público não se contém e aplaude o belo e tradicional espetáculo. E os bravos idealistas podem voltar para suas casas satisfeitos de terem participado deste momento histórico.

Receita de hoje,Tonkatsu.


Tonkatsu

Este prato é um dos preferidos das crianças japonesas. Usualmente, o tonkatsu é acompanhado por arroz e sopa tipo missoshiru. Fácil de preparar, pois é, essencialmente, uma milanesa. O 'toque' de sabor fica por conta do molho típico, que os japoneses chamam de 'tonkatsu sauce'. Esse molho tem sabor elaborado, levemente adocicado, pois leva maçãs em sua fórmula, mas é bastante trabalhoso para fazer, razão pela qual as donas-de-casa compram o molho pronto.
Grau de dificuldade: Médio
Tempo: 30 a 60 minutos

Ingredientes (porção individual):- 1 bife grande de lombo de porco;
- 1 clara de ovo e farinha para empanar;
- Cobertura pronta tipo "Panko" para milanesa;          

- Repolho;
- ½ tomate verde ou 3 tomates cereja;                                        
- Batata frita (opcional);
- Molho pronto para tonkatsu;
- Óleo de soja para a fritura.

Modo de fazer:1. Tempere o bife com sal e pimenta do reino preta moída;

2. Passe o bife na farinha, em seguida na clara batida e por último, na cobertura pronta (como se fosse milanesa);

3. Fatie o repolho em tiras (mais finas possível), em quantidade suficiente para forrar um prato, ou a gosto;

4. Coloque o bife em óleo quente, mas abaixe o fogo logo em seguida, para que o tonkatsu frite lentamente até ficar dourado e crocante;

5. Retire e seque o bife em papel toalha;

6. Sirva sobre a salada de repolho, decorada com o tomate e a batata frita opcional;

7. Coloque o molho pronto para tonkatsu a gosto, temperando inclusive a salada e os tomates com o mesmo molho.

Dica:Se preferir, soque o bife para amolecê-lo.

Kuchisake-Onna - A mulher da boca cortada.(Lenda japonesa)

A história se passa no período japonês chamado Heidan (Heidan Jidai – 794~1185). Nesse período existiu uma mulher que era esposa (ou amante, não se sabe ao certo) de um samurai, essa mulher era muito bonita e cobiçada por outros. Por ela ter essa beleza única seu marido tinha ciúmes e temia que ela o traisse com outro homem. E de fato ela o traiu. O samurai muito nervoso com o que tinha acontecido, ataca sua mulher cortando sua boca de ponta a ponta gritando: “E agora quem vai te achar bonita?!”


É apartir daí que começa as assombrações. As pessoas falam que ela costuma aparecer em noites nubladas com uma máscara cirúrgica. Com esse disfarce ela pode muito bem passar despercebida pelos outros pois é normal no Japão as pessoas andarem com máscara, para evitar de passar a gripe para outra pessoa.
Então desta maneira ela ataca as pessoas:

Kuchisake-Onna – “Watashi Kirei?” (Eu sou bonita?)
Você, otaku, que nunca teve a atenção de uma menina responde:    



Você – “Sim, você é kawaiii!!”
….então ela tira a máscara……..
Kuchisake-Onna – “Kore demo?” (Mesmo assim?)
Você : s-s-sim (gaguejando). ou se você responder não. ou se ficar emudecido!Se você tiver essas reações com certeza você é um otaku morto. Mesmo se você responder “Sim” à segunda pergunta ela ainda pode te matar, pois pode achar que você está sendo irônico. Depois de alguns anos começaram surgir boatos de que se você responder “mais ou menos” à segunda pergunta, dar doces ou se o seu tipo sanguíneo for “O” você conseguiria escapar.
Tem outro jeito de fugir também….mas isso só serve pra quem for bonito(a), quando ela tirar a márcara e perguntar se mesmo assim ela é bonita, responda: “E eu sou bonito(a)!?” Se você realmente for bonito(a) ela ficará confusa e essa seria sua chance de escapar, caso contrário…..

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Festival japones,Dizô Matsuri.



Dizô Matsuri

O festival de Dizô é pouco comum no Japão e inédito no Brasil. Só o Nippon Country Club realiza esse evento, apesar do Dizô ser uma das imagens mais populares do budismo. Esculturas representando Dizô, geralmente um monge sorridente de baixa estatura, são vistas por todo o território japonês, até em ruelas e vilas com pouquíssimo movimento. No passado, como a viagem era muito perigosa, pois incluía a travessia de matas e muitos se perdiam e morriam diante do clima
                                                                                     


severo, os moradores da região colocavam estátuas de Dizô pedindo proteção aos viajantes e também às crianças. As oferendas (geralmente o moti – bolinho de arroz), que os moradores até hoje colocam, serviam de alimento emergencial para os que passavam por lá.

Simbolizando essas oferendas que salvavam vidas, durante o Dizô-Matsuri é realizado o Moti-Maki, o ato da distribuição de bolinhos de arroz que foram abençoados pelo Dizô.

O Nippon realiza o Dizô-Matsuri desde 1968, mas a estátua de Dizô é mais antiga que o próprio Nippon. Ela foi confeccionada em 1948 pelo escultor Izukawa (de Pinheiros), a pedido de Tsunaichi Miyoshi, que iniciou o festival em homenagem a Dizô, em sua propriedade, no bairro de Utinga, em Santo André. Lá permaneceu até 1965, quando foi transferida para o Nippon. O Dizô Matsuri em Santo André teve grande importância para as famílias japonesas, pois na insegurança do pós-guerra, sem esperança de retornarem ao Japão, a participação naquele festival e a visita ao jardim japonês de Miyoshi tinha valor significativo. A transferência do Dizô para o Nippon se deu por causa da desapropriação do terreno para a passagem do oleoduto da Petrobras. O detalhe é que todas as pedras do jardim japonês de Miyoshi também acompanharam o Dizô. Em agosto de 2004 foi realizado o maior festival do Dizô, que ganhou muitas atrações e recebeu o nome de NipponFest. O evento bateu todos os recordes de público do Nippon Country Club, ao reunir, num único domingo, 11.024 pessoas.

Receita Oshizushi(Sushi Prensado)


Receita Oshizushi(Sushi Prensado)

Conhecedores da história do sushi afirmam que o oshizushi é a forma mais antiga de sushi, porque teria se desenvolvido a partir do antigo método de preservação do peixe em caixas de arroz fermentado.

O modo de fazer o oshizushi atualmente é muito simples: o arroz e outros ingredientes são prensados em um molde para formar um bloco, que então é cortado em pedaços. A apresentação desse tipo de sushi tem se mostrado muito criativa, pois permite a montagem de infinitos tipos de sushis, desde uma simples (porém deliciosa) dupla arroz - peixe, até sushis em duas camadas, belíssimos!

O tipo clássico, muito apreciado no Japão, é feito com filé de cavalinha marinada em mistura de vinagre e os de duas camadas são conhecidos como "oshizushi à moda de Kioto". Você pode dispor dos ingredientes de sua preferência em tiras, criando um efeito listrado e muito mais. Expresse a sua imaginação, divirta-se.

Ingredientes básicos para 1 fôrma oshibako, que rende 6 unidades de sushi prensado:
½ receita de Arroz para Sushi (veja a receita em nosso site);
Pasta de Wasabi (opcional);
Molho de soja shoyu.

Sugestão de ingredientes:1. Calcule cerca de 150g de filé de peixe sem pele para cada fôrma;

2. Calcule 12 camarões médios para cada fôrma. Camarões são um ótimo ingrediente, pelo belo visual, mas devem sempre ser fervidos e cortados ao meio no sentido do comprimento, para ficarem bem ajustados ao arroz quando forem prensados;

3. Os camarões devem ser fervidos em água, com a casca e a cabeça, mas para que não fiquem curvados, faça assim: segure o camarão com a barriga virada para cima e espete um palito no sentido do comprimento, ao longo de toda a barriga, ou seja, da base da cabeça até o começo do rabo. Não perfure a carne, o palito deve ficar entre a casca e a carne. Coloque em água fervente por aproximadamente 2 minutos, não deixe cozinhar muito, para não ficar "borrachudo". Retire da água, arranque a cabeça e o rabo e descasque o camarão. Corte ao meio para retirar o fio preto das costas;

4. Se for utilizar peixe já cozido calcule 250g para cada fôrma;

5. Legumes como pepino, cenoura e aspargos ficam muito bem se misturados ao peixe no oshizushi;

6. Folhas como a perilla (shisso) são tradicionalmente usadas no oshizushi e também brotos para enfeitar;

7. Use frutas como o abacate e a manga;
                
8. Gergelim, ovas e omelete japonesa também são indicadas.


Modo de fazer:1. Umedeça a fôrma com água para diminuir a aderência dos grãos de arroz;

2. Uma das plataformas deve ficar dentro da fôrma e a outra separada, pois será a tampa com a qual você empurrará o arroz e os ingredientes para baixo;

3. Coloque os ingredientes escolhidos, arrumando-os da forma que desejar. Se for usar enfeites como rodelas de pimenta, cebolinha picada, brotos ou ovas, não os coloque ainda, adicione somente no final, depois de prensar;

4. Coloque o arroz de sushi (deve ocupar cerca de 2/3 da capacidade do oshibako);

5. Ajeite o arroz com as pontas dos dedos umedecidas em água;

6. Coloque a tampa da fôrma e pressione firmemente, mas sem exceder na força;

7. Desenforme o bloco que se formou e use uma faca molhada na água para cortar em 6 pedaços iguais;

8. Se você estiver fazendo um oshizushi em duas camadas, divida a porção de arroz em duas partes durante a montagem, mas prense tudo de uma vez só.


Sugestão: No livro "Sushi Técnicas e Receitas" os chefs Kimiko Barber e Hiroki Takemura dão 9 receitas de oshizushi e mostram, em fotos, o passo a passo de como prensar o sushi.